terça-feira, 27 de novembro de 2012

PURO CANTO



Bendito o que ideou o primeiro jardim do mundo
E benditas as mãos inumeráveis
Que multiplicaram os jardins do mundo.
Os jardins, filhos da natureza e do espírito.
Os jardins, em que as arvores insignificativas da floresta

Tomam posturas humaníssimas
De melancolia e de êxtase.
Em que as águas insignificativas da Planície
Se transmudam em canais sonhadores.
Em que os rudes caminhos do vale e da montanha
Se geometrizam em curvas que são como os serenos pensamentos.

Bendito o que ideou o primeiro jardim do mundo
E os que semearam pelo mundo
As manchas de sombra fresca e de beleza
dos jardins inumeráveis...

Tasso da Silveira 

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