quarta-feira, 1 de agosto de 2012

FINITO E INFINITO




Ente as folhas do outono
e a infinita linha do oceano



cumpre-nos escalar montanhas
decifrar inscrições rupestres
desmontar o teorema, captar
sua argúcia de mestre.



E. inabaláveis, posto que lúcidos,
no finito da carne o agudo vértice
suavizar, e o ardor insano.



Entre as folhas do outono
e a sombra dos ciprestres.



Maria Thereza Noronha,
in A face dissonante

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