quarta-feira, 22 de agosto de 2012

OUTROS SONETOS



O cisne naquela hora extrema, quando
vem caindo a perpétua noite escura,
Do espesso bosque a solidão procura,
Saudosissimamente suspirando.

E o novo som melodioso e brando,
Cheio só de desgosto e mágoa pura,
Os piedosos peitos sem ventura
Ao longe e ao perto vai dilacerando.

Assim também, sujeito à dura sorte,
Espalho o meu queixume no ambiente,
Para que me alivie e me conforte.

Sinto a mesma tristeza que a ave sente.
Pois amor torna a vida numa morte,
Que tortura e mata lentamente.


José de Abreu Albano
in Rimas

Um comentário:

  1. Oi! Adorei seu post, e o blog tá super legal! Dá uma passada no meu depois? Obrigada!
    http://nannasway.blogspot.com.br/2012/08/explicacoes.html
    Beijos

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