A chuva embala as árvores insones
Com baladas e lendas outonais...
Carícia d'água, cândida e piedosa,
Nos braços nus dos troncos espetrais.
Mantilha em que se abrigam tristes frondes,
Saudosas dos diademas estivais.
A chuva dependura pelos ramos
Braceletes de lúcidos cristais
O vento embala as árvores silentes
Com baladas e lendas outonais.
Helena Kolody
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