Dentro de todos nós
há uma casa vazia
escura ou clara
translúcida de vida e morte
cheirando memórias de tempo.
Dentro de todos nós
há uma casa vazia . . .
de pranto e de paz e de luz
de risos e de tardes plenas de azul.
Dentro de todos nós
há uma casa vazia . . .
quando os braços da noite
dizem das coisas vividas e
falam com olhos de menino travesso
como se caracóis e caretas de palhaço
enfeitassem nossos desenganos.
Dentre de todos nós
há sempre uma casa vazia . . .
Alvina Nunes Tzovenos,
in Palavras ao Tempo
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