Das
torres de sombra do crepúsculo
partem os pássaros.
São como setas céleres
que vão ferir a nua espádua
do dia em fuga, além.
Das torres de pedra da urbe oceânica
tombam as horas túmidas.
São como longas, lentas lágrimas
que vão morrer na poeira humílima
de um chão de além.
Das torres de mágoa da alma trêmula
não partem asas fúlgidas
nem tombam prantos recônditos.
Mas sobe o silêncio trágico
para um Além do além.
Tasso da Silveira,
partem os pássaros.
São como setas céleres
que vão ferir a nua espádua
do dia em fuga, além.
Das torres de pedra da urbe oceânica
tombam as horas túmidas.
São como longas, lentas lágrimas
que vão morrer na poeira humílima
de um chão de além.
Das torres de mágoa da alma trêmula
não partem asas fúlgidas
nem tombam prantos recônditos.
Mas sobe o silêncio trágico
para um Além do além.
Tasso da Silveira,
in Poemas
de Antes–
Nenhum comentário:
Postar um comentário