quarta-feira, 25 de julho de 2012

FIO D’ÁGUA


Fio d’água, humilde e brando,
Da transparência dos cristais:
Tão claro e límpido vais
Cantarolando,
Que deixas ver, lá, no fundo,
A areia fina alvejando ...

Tão diáfano! até parece
Que a areia é que vai cantando ...

Verso meu, fio d’água oriundo
Da fonte da dor ... pudesse
(Ai de mim!)
Fazer-te tão claro assim,
que se visse, lá no fundo,
- só – minha alma cantando
ou soluçando ...


Tasso da Silveira
Canções a Curitiba
& outros poemas

Nenhum comentário:

Postar um comentário