quinta-feira, 7 de novembro de 2013
ROSA PLENA
Rosa plena. Em glória
de cor
de forma
de febre
de garbo.
Em auréola sobre si mesma
- estática.
Em arroubo diante da luz
- dinâmica.
Enrodilhada em aconchego de concha
buscando o núcleo.
Fugindo-lhe ao cerco
- asas aflantes flamejantes.
Rosa plena.
Turíbulo. Ostensório.
Convite à valsa dos ventos.
Tributo ao círculo - perfeição
de chegar e partir.
Cada pétala é um sonho de retorno.
E as pétalas se avolumam compactas
e esmaecidas logo se despejam
ao longo e ao largo
- no fascínio
do pretérito pelo devir.
Sangue em oblata
no altar maior.
Amor e morte
pela revelação.
Rosa plena.
Poesia
que se fez Carne
Henriqueta Lisboa
in: A Pousada do Ser
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário