segunda-feira, 9 de junho de 2014

DÚBIO



Um dia, alma criança,
do vento indaguei a idade
e foi o tempo de meus ouvidos
o que obtive como verdade.

Do sol, a mesma questão lançada,
como solução veio-me o tempo
de meus olhos, de minha pele
ao calor e à luz exposta.

Estranhas, dúbias respostas:
o universo a um estalar de minha finitude
então se desmancha, e passa?

Ou trago, dos cumes da criação,
de tudo que brota, rebrota,
a mais irrestrita,
a mais eterna proposta?

Fernando Campanella

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