domingo, 15 de setembro de 2013

ROSAS



Frágeis filhas da Aurora e do Mistério
Rosas que despertais virgens e frescas,
Sorrindo entre os espinhos e as folhagens,
Nos roseirais sadios e viçosos.

Rosas débeis, que os ventos assassinaram,
Sois a forma e a expressão do próprio efêmero.
Na luta natural incerta e cega.
Sois o instante de Pausa e Sutileza.

Rosas que as mãos da noite despetalam,
Sois o triunfo do Amor e da Harmonia,
Sois a imagem tranqüila da Beleza.

Rosas que alimentais meu olhar enfermo,
Rosas, vós da terra humilde e escura
Um gesto puro, um alto pensamento!


Augusto Frederico Schmidt 
In ‘Um Século de Poesia’

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