Ver o mundo de baixo, como um céu
Onde se há-de subir;
Onde a vida nasceu
E onde tem, afinal, de se cumprir.
Erguer os olhos à divina altura
De uma leira de terra semeada;
À imensidão da lura
Onde cresce a ninhada.
Ver astros, tempestades, mitos,
Onde há luas, quimeras, ambições, desejos;
Onde há gritos
E beijos.
Miguel Torga
in ‘Libertação’
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